segunda-feira, 8 de março de 2010

Revisões de História e Geografia de Portugal

EXERCÍCIOS



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Portugal na segunda metade do século XIX




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domingo, 7 de março de 2010


O Comboio


Aqui tens uma história sobre comboios. Clica na imagem

O COMBOIO

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O COMBOIO


1856-Inauguração da linha de caminho de ferro - Lisboa Carregado

"Grande acontecimento, o caminho de ferro! A vantagem da sua construção em Portugal fora discutidíssima [...]. era curioso ouvir nos serões lá de casa as diversas opiniões [...] a Nação ia gastar montes de libras e um país que possuía o Tejo e o Douro não precisava de mais nada. Os rios muito mais seguros e muito mais barato. Outro dizia que só começassem os comboios onde acabassem os rios [...]. Em todo o caso a maioria era pelo caminho de ferro [...].

Chegou enfim, o solene dia da inauguração [...]. Murmurava-se insistentemente que a ponte de Sacavém não podia resistir ao peso.

Finalmente avistámos longe um fumozinho branco [...]. Quando o comboio se aproximou vimos que trazia menos carruagens do que supunhamos. Vinha festivamente engalanado o vagão em que viajava El-Rei D. Pedro V. O comboio parou um momento na estação de onde se ergueram girândolas de foguetes: Vimos El-Rei debruçar-se um instante e fazer-nos uma cortesia [...]
Só no dia seguinte ouvimos contar certas peripécias dessa jornada da inauguração. A máquina, das mais primitivas, não tinha força para puxar todas as carruagens que lhe atrelaram, e fora-as largando ao longo da linha.

[...] Passaram muita fome os que ficaram pelo caminho. Esses desprotegidos da sorte, semeados pela linha, só chegaram alta noite a Lisboa depois de variadíssimas aventuras [...] Até andou gente com archotes pela linha, à procura dos náufragos do progresso."

Testemunho da Marquesa do Cadaval, (Adaptado).



A MALAPOSTA



A "Mala Posta" ou "Diligência" era uma carruagem puxada por duas parelhas de cavalos. A partir da 2ª metade do séc. XIX, transportava o correio e alguns passageiros. A partir de 1855, começou a circular a Malaposta na estrada Lisboa-Porto. Demorava 34 horas, sendo os cavalos substituídos diversas vezes durante a viagem.

"Ao Sol, fulgura o Oiro dos milhos!
Os lavradores mailos filhos
A terra estrumam, e depois
os bois atrelam ao arado
E ouve-se além do descampado
Num ímpeto aos berros: - Eh! bois!

E, enquanto a velha mala-posta,
A custo vai subindo a encosta
Em mira ao lar dos meus Avós,
Os aldeões, de longe, alerta,
Olham pasmados, boca aberta...
A gente segue e deixa-os sós."

António Nobre, Só