Motivos que levaram à revolução de 5 de Outubro de 1910
Crise Económica , Social e Política
Revolta de 31 de Janeiro de 1891
No final do século XIX, o descontentamento da população alastrava por todo o país: a burguesia tornava-se cada vez mais rica com os lucros da indústria, do comércio, da agricultura e da banca; os operários e os agricultores estavam cada vez mais pobres; a família real gastava muito dinheiro; os governos da monarquia liberal não conseguiam melhorar as condições de vida do povo.
A ocupação dos territórios africanos pelos países europeus, que queriam acesso às matérias-primas que se iam descobrindo em África, leva a um grave conflito entre Portugal e a Inglaterra: as pretensões de Portugal aos territórios africanos (apresentados no Mapa Cor de Rosa na Conferência de Berlim, em 1886), levam a Inglaterra a apresentar um Ultimato a Portugal. Obrigado a aceitar os termos do Ultimato Inglês, o Rei D. Carlos I vai ver-se confrontado com a hostilidade de grande parte da população, que não aceita a humilhação inglesa.
Beneficiando desse descontentamento, o Partido Republicano Português vai espalhando as suas ideias, que levam a uma revolta armada, em 31 de Janeiro de 1891, que foi derrotada. A agitação política vai continuar, e o rei encerra o Parlamento, passando o País a ser governado em ditadura, sob o comando do ministro João Franco.
É neste clima que acontece o Regicídio: o Rei D. Carlos e o seu filho mais velho, D. Luís Filipe, são assassinados, no Terreiro do Paço, no dia 1 de Fevereiro de 1908.
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